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O ódio que hoje presenciamos explicado pelo Buda

Ainda me surpreende como o ódio facilmente se alastra.
Como faísca em mato seco, que cria incêndio.
Amigos hoje se separam por opiniões políticas, sem perceber que estas opiniões são apenas frutos de sementes plantadas pelo interesse de outros.
Já vivi isto em ambiente familiar, quando os padrões de aversão de uma pessoa alastraram sementes de inverdades e raiva, ampliando a discórdia entre sogras, filhas, parentes e até advogados.
Os ensinamentos do Buda nos ajudam a perceber com mais clareza estas situações.
Segundo o Buda, todos nós temos os registros mentais (samskaras), que seriam padrões emocionais estabelecidos. Temos todos histórias de carinho, de compreensão, mas também de raiva, impaciência, e aversão.
buddha wallpaper
A depender de nossas histórias de vida, alguns destes registros, destas marcas, são reforçados. Podem ser reforçados por alguma experiência impactante, ou pela repetição de diversas ocorrências similares.
Por exemplo, uma grave doença pode ser geradora de uma profunda marca mental, ou a repetição de testemunhar um pai, violentar a mãe, pode também gerar uma profunda marca mental.
Assim, esta raiva, este ódio, que presenciamos na internet, é o resultado deste reforço desta marca mental que as pessoas possuem.
O Buda explicou sobre três estruturas emocionais básicas, três matrizes, geradoras das demais emoções e marcas mentais, são elas: a ignorância espiritual, o desejo, e o ódio.
Eles quase que são desdobramentos um do outro.
Por não termos raízes, prática ou vivência espiritual, acabamos por fomentar aspirações em soluções externas, ou poderia-se dizer, coisas do mundo, desejos. Podem ser materiais, como um maior salário, um bônus, um carro novo, ou mesmo, não materiais, um marido sempre disponível, ser o centro das atenções, por exemplo.
Quando este desejo é bloqueado, ou ameaçado, então, o desdobramento do ódio, ou aversão surge.
Alimento esta emoção negativa em relação ao que penso que vai impedir meu desejo.
Isto é o que observamos hoje nas discussões político partidárias.
A ameaça aos anseios políticos se tornam cusparadas de aversão.
Pelos ensinamentos do Buda, tudo isto se manifesta em um descontrole imaturo do desejo, como crianças mimadas que não podem ser questionadas, ou contrariadas. E isto mostra muito do nível do debate político.
Vitor ministra aula de economia para os monges tibetanos
Vitor ministra aula de economia para os monges tibetanos
O controle do desejo, para que a sanidade se restabeleça poderá ser feito de duas formas, através do exercício da generosidade, ou através do aprofundamento espiritual.
Ambos são desenvolvidos com treinamento e dedicação. Podem ser promovidos através da educação, ou mesmo por hábitos e tradições do meio, por exemplo, rituais de trato social, ou valorização do desprendimento e desapego. A meditação é uma das excelentes maneiras de se lidar com esta questão, pois como técnica de observação das estruturas dos pensamentos e das emoções, nos torna evidente os processos mentais aqui descritos, e nesta tomada de consciência, a intensidade emocional sede espaço à clareza.
Este é apenas um exemplo de como os ensinamentos da Psicologia Budista podem nos trazer um avanço no entendimento de si próprio, e da vida à nossa volta.
Por Vitor Caruso Jr., em Abril de 2016
Vitor e o Mestre Zen Thich Nhat Hanh, expoente na história do Budismo
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6 comentários em “O ódio que hoje presenciamos explicado pelo Buda”

  1. TEREZA MARTINS DE ARAUJO

    ASSUNTO BASTANTE INTERESSANTE.É bem minha linha de pensamento.
    Sinto não comparece na palestra.Tenho compromisso,no horário,comemorar no Parque o “dia da dança e do Taichi.

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