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Ciência e Meditação, a origem do Ciência Meditativa



Texto de 24/04/2007

Quando foi detectado meu câncer, assumi o compromisso pessoal de que o processo de cura seria exemplar. Faria todo o esforço para realizar os procedimentos de maneira que a minha vivência daquele processo pudesse servir de lição para muitos que tivessem que passar por experiências similares.

Quando você tem uma doença grave, surgem as mais diversas idéias de tratamento, das mais caras às mais baratas, das mais científicas às mais exóticas. Tive que adotar algum critério, pois caso contrário corria o risco de me perder no mar de possibilidades de tratamentos. O critério consistia em adotar em meu tratamento qualquer complemento à medicina convencional que estivesse sendo seriamente pesquisado em mais de uma universidade.

Vários elementos surgiram, ligados à alimentação, acupuntura, atividade física e outros, mas havia um que era unânime, em quase todas as universidades que pesquisei, havia algum trabalho sobre a meditação e casos de recuperação extraordinária. Isto despertou meu interesse, e foi reforçado por uma leitura sugerida a muitos pacientes com câncer, os livros do médico-cirurgião Dr. Bernie Siegel, que apresenta como os pacientes podem ser peça fundamental no processo de recuperação da saúde. Em seu livro, “Amor, Medicina e Milagres”, na p.189 ele afirma sobre a meditação: “Não conheço outra atividade isoladamente, que tanto contribua para melhorar a qualidade de vida”.

Com tantas evidências, comecei a pesquisar e aprofundar o tema meditação. A primeira grande referência científica está no início da década de 70, na Universidade de Harvard, com os estudos do Dr. Herbert Benson, que publicou o best-seller “A Resposta de Relaxamento” onde atesta os efeitos benéficos de 4 tipos de meditação: Transcedental, Yoga, Zen-Budismo e Budismo Tibetano. Neste trabalho você poderá encontrar muitas tabelas e estudos sobre os efeitos da meditação, principalmente sobre o sistema cardiovascular neste livro.

Procurei levantar estudos e textos sobre as quatro indicações, e por diversas razões e coincidências incríveis li “A Arte da Felicidade”, do Dalai Lama e Cuttler, que também possui uma abordagem psico-analítica bem científica. Anos depois o Dalai Lama se tornou meu guru pessoal (junto com o Prof. Hermógenes), mas o livro que mais apresenta dados impressionantes sobre a meditação é o “Como Lidar com as Emoções Destrutivas”, que trata de uma descrição de um seminário do “Mind and Life Institute”, onde cientistas apresentam incríveis, e inovadores resultados sobre o funcionamento e a capacidade do cérebro humano, através de testes feitos com um monge tibetano. Destacam-se os testes feitos com ressonância magnética funcional, feitos por Richard Davidson, e também os testes de Paul Ekman sobre a capacidade extraordinária do meditante de reconhecer expressões faciais.

Ainda na linha da psicoterapia, um livro de muito impacto em minha vida foi “O Câncer como Ponto de Mutação” do psicoterapeuta Lawrence LeShan, que trabalhou mais de 25 anos com pacientes de câncer, e sua principal terapia era o uso da meditação, nesta área também se destacam os livros de Mark Epstein, tais como “Partir-se sem Quebrar”.

Minhas pesquisas continuaram, e como procurava ter muito rigor durante meu tratamento, foi inevitável buscar referências também na neurociência, onde o impressionante trabalho de James Austin, chamado “Zen and The Brain” é um completo tratato neuro-anatômico da meditação, com muitas histórias zen. No Brasil, mais recentemente temos um trabalho similar chamado “Neurofisiologia da Meditação” de Marcelo Danucalov e Roberto Simões, que também muito colabora nesta área.

Neste levantamento de informações e dados, algumas coisas muito interessantes me chegaram, tais como:

A meditação comprovadamente auxilia em processos de ansiedade, depressão moderada, raiva e hostilidade, hipertensão, irregularidades cardíacas, dor crônica, tensão pré-menstrual, infertilidade, menopausa e doenças relacionadas ao estresse

O consumo de oxigênio do organismo durante profundos estados meditativos podem ser menores do que durante o sono

A meditação reduz a presença de ácido láctico no sangue, sintoma de estresse

Os meditantes se recuperam mais rápido de situações de profundo estresse

Os meditantes apresentam maior especificidade cortical, ou seja, atingem níveis mais profundos de atenção

Desde 1984, a meditação é indicada pelo Instituto de Saúde dos Estados Unidos, em preferência aos remédios, nos casos de hipertensão

A meditação diminuía a dependência de analgésicos em pacientes de dor crônica

Reduz náusea e vômito, principalmente nos três primeiros meses de gestação

O sono para pacientes com insônia é conseguido 4 vezes mais rápido para os que meditam

O prêmio nobel em neurofisiologia John Eccles atestou em pesquisa a maior especificidade da atenção em meditantes

Essas e muitas outras pesquisas, com suas fontes citadas, estão disponíveis no site www.cienciameditativa.com

Especificamente na área de yoga, não se deve deixar de citar os trabalhos do Prof. Hermógenes, principalmente “Yoga para Nervosos” e “Saúde Plena com Yogaterapia”, ambos são repletos de casos médicos, que apresentam incríveis recuperações de estado de saúde.

Para finalizar o artigo, termino de contar a minha história, depois de estudar tanto a meditação, tornei-me praticante e fanático por ela, tive uma cura extraordinária, em tempo recorde do câncer, e decidi mudar a minha vida para ensinar a meditação e ajudar as pessoas com a minha experiência. Hoje sou professor de meditação e todo esta história de doença, sofrimento e transformação está contada em meu livro “Com Qualquer Um de Nós”.

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