“Sem açúcar, com afeto” é um dos livros que mais costumo indicar, escrito com embasamento por Sonia Hirsch apresenta soluções para o problema do açúcar.
Com base no título de seu livro, que escrevo este texto, pois se você ama alguém, ou a si próprio, não precisa demonstrar isto com açúcar.
Meu querido Professor Hermógenes, em seu livro “Autoperfeição com Hatha Yoga” compara o açúcar a um convidado indesejado em nossas casas, portanto, não deveríamos convidá-lo para fazer parte do nosso organismo.
O livro “Sugar Blues” mostra um interessante mapa de avanço das doenças relacionadas ao aumento do consumo de açúcar, mas vamos a alguns fatos:
– O açúcar estimula reações fisiológicas que provocam a liberação de adrenalina, cortisol, intoxicando o sangue
– O açúcar prejudica o sistema imunológico pois afeta os leucócitos
– O açúcar afeta a produção de leptina, que regula o apetite
– Facilita o acúmulo de gordura
– O açúcar provoca resistência à insulina, criando condições de pré-diabetes.
– O açúcar é um especial alimento para células cancerígenas.
Explicando alguns detalhes do descrito acima, que talvez possam interessar.
Como o açúcar aumenta drasticamente os níveis de insulina no sangue, e tumores têm 20 vezes mais receptores de insulina do que célula sadias, o consumo reforçará sempre a alimentação do câncer.
Quando falamos em açúcar, tecnicamente nos referimos a carboidratos refinados, que além do açúcar branco, também seria o arroz branco, farinha branca, e outros produtos refinados de mesma propriedade. São alimentos ácidos, e o corpo para manter seu equilíbrio no pH sanguíneo variando ente 7,35 e 7,45 utiliza alguns minerais alcalinos. Isto quer dizer que organismo faz uso do cálcio, abrindo espaço para fragilidades de crescimento ou ósseas.
O consumo dos açúcares eleva a taxa de glicose do sangue, sobrecarrega o pâncreas, que tentará produzir insulina, o corpo entende isto como momento de armazenamento de gordura, só que o rápido efeito de absorção de glicose pelas células, leva a consequente sensação de fome e carência alimentar, criando um círculo vicioso que tem como produto a obesidade, hoje presente entre a maior parte dos brasileiros. Segundo o IBGE mais de 50% dos brasileiros tem sobrepeso.
O Índice Glicêmico é a forma de medir o impacto do alimento neste sistema, e assim, ao ingerir alimentos de menor índice glicêmico, não ofenderíamos tanto o pâncreas.
Glicose/Karo/Batata Frita + de 100%
Mel processado em torno de 100%
Pão francês em torno de 95%
Arroz branco em torno de 90%
Açúcar refinado/cristal em torno de 80%
Melado/Demerara/Mascavo em torno de 75%
Pão Integral em torno de 70
Mel não processado em torno de 60%
Espaguete em torno de 60%
Arroz Integral em torno de 55%
Suco de Laranja em torno de 55%
Banana Madura em torno de 51%
Caldo de Cana em torno de 43%
Frutose em torno de 40%
Açúcar de Coco em torno de 35%
Banana Verde em torno de 31%
Stevia Puro 0%
Os produtos em verde podem ser consumidos tranquilamente, em amarelo devem estar misturados à outros produtos de melhor índice glicêmico, e os produtos em vermelho seriam melhor se evitados, e substituídos por outros.
Não devemos nos basear apenas em utilizar o Índice Glicêmico como fator de decisão. O uso da frutose, como por exemplo no adoçante Agave, com forma concentrada em torno de 80 a 90% de frutose, leva a uma sobrecarga para o fígado, no seu processo de assimilação.
Os produtos em sua forma natural, ricos em fibras, minerais, vitaminas, fitoquímicos e água, facilitam sobremaneira o processo de assimilação no corpo, no caso da frutose, evitando a sobrecarga do fígado. Por isto, a saída inteligente seria alimentação baseada em frutas e vegetais, e quando preparamos uma vitamina (smoothie), ou qualquer doce (pratos gourmet), será o uso de adoçantes naturais como as frutas, e em último caso o stevia. No caso de diabéticos, são numerosos os casos de reversão da doença com o uso de uma alimentação baseada em frutas e vegetais.
O açúcar de coco tem sido uma saída indicada para aqueles que se preocupam com o índice glicêmico, mas ele é tão calórico quanto a açúcar comum, apesar de possuir outros nutrientes. Este argumento utilizado sobre os nutrientes, muita vezes justifica também o hábito de se adoçar com mel, mascavo ou demerara. Lembre-se, estes são adoçantes calóricos, bem calóricos, e se você precisa de nutrientes, melhor consegui-los com base em comida de verdade, como frutas e vegetais, e não com base no açúcar.
Pensando em adoçar, um copo de caldo de cana contém aproximadamente 150 calorias, a stevia contém 0 calorias, 1 colher de sopa de açúcar contém 50 calorias. (comum, coco ou mascavo).
Acredito ser desnecessário citar o uso de adoçantes químicos, pois é muito fácil pesquisar e encontrar evidências dos danos e males a saúde destes produtos, inclusive o câncer.
Uma possibilidade de você testar o quanto é possível adoçar a vida de forma natural, o doce de leite vegano é um bom exemplo. Duas mangas palmer, 3 tâmaras jumbo, bater no liquidificador, e pronto. Parece doce de leite, e é super doce. Menos calórico, rico em nutrientes e sem químicos.
Para saber mais sobre este assunto, os livros AMARIA e o curso “Excelência da Dieta Nutritiva”, ou mesmo os atendimentos pessoais da “Dieta de Programação da Mente” podem ajudar muito. Acesse o site www.cienciameditativa.com
Por Vitor Caruso Jr. em Dezembro de 2015
Maior parte das informações do site do governo australiano, Livestrong.com, Bela Gil, Doce Limão, Nosso Mundo Orgânico e G1.
Obrigado pelo artigo!
Gostaria de saber de relação de livros sobre a mente o cérebro a consciência e também sobre a yoga.
Obrigado
Adorei a reportagem. Aborda a parte nutricional e fala dos males presentes no açúcar.
Maravilhoso, poderia receber informações posteriores por e-mail?
Olá Lilian, infelizmente não temos os serviços de mailing por causa dos custos. Pode acompanhar a nossa página no Facebook.Ciência Meditativa