A fé ajuda na cura parece ser crença popular.
Como crença popular, carece de melhor argumento e pesquisa.
Para que você tenha um pouco mais de informação sobre isto, que escrevo isto.
Como crença popular, carece de melhor argumento e pesquisa.
Para que você tenha um pouco mais de informação sobre isto, que escrevo isto.
A fé ajuda na cura, mas o placebo também.
A alguns anos escrevi detalhadamente sobre o efeito placebo.
Se quiser saber mais sobre isto, leia esta revista que publicamos aqui.
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O Placebo costuma definir o parâmetro pelo qual consideramos a confiabilidade de um medicamento.
Se o medicamento tem performance superior ao placebo, válida é considerada a sua efetividade.
A fé ajuda na cura mais do que a ciência consegue provar
Esta é a opinião do Dr. Nigel Barber, ao escrever para a revista PsichologyToday.
Segundo ele do ponto de vista científico, a cura pela fé é inexplicável, incompreensível e não deve funcionar. No entanto, funciona. O mesmo se aplica aos efeitos placebo do medicamento, é claro. Os cientistas reconhecem que existem efeitos placebo, mas têm dificuldade em explicá-los.
Ele reconhece que em certos países é muito comum a cura pela fé, inclusive ele testemunhou casos na Irlanda, durante sua infância.
Dr. Barber tem um argumento provocador, ao falar que muitas vezes, a cura pela fé parece evocar um efeito placebo, não muito diferente do uso de drogas para tratar pessoas que estão levemente deprimidas (e, portanto, não experimentam uma resposta farmacológica verdadeira ao tratamento). E apresentam melhoras, mesmo sem tempo, ou efetividade da reação ao remédio.
Quando as pessoas recebem um medicamento prescrito, como Zoloft ou Paxil, elas esperam melhorias e isto é uma uma forte indução ao placebo.
Se os destinatários da cura pela fé esperam melhorar, o mesmo caso se repete.
Nos dois casos, vários elementos da situação conspiram para dar aos pacientes a expectativa de que eles melhorem.
Em alguns casos curiosos, pessoas que não demonstram muita fé, mas baseadas em um histórico de resultados bem-sucedidos, acabam por ceder ao processo da fé, por causa da expectativa positiva de cura, mesmo que se considerem sofisticadas demais para serem atraídas pelo pensamento mágico.
Nos dois casos, vários elementos da situação conspiram para dar aos pacientes a expectativa de que eles melhorem.
Em alguns casos curiosos, pessoas que não demonstram muita fé, mas baseadas em um histórico de resultados bem-sucedidos, acabam por ceder ao processo da fé, por causa da expectativa positiva de cura, mesmo que se considerem sofisticadas demais para serem atraídas pelo pensamento mágico.
Por meios desconhecidos, a cura pela fé é evidentemente capaz de aumentar a função imunológica, isto é amplamente comprovado.
O que justifica porque pequenos problemas desaparecem mais rapidamente do que seria o caso.
Se os placebos representam metade dos efeitos da medicina não cirúrgica (em uma estimativa conservadora), a cura pela fé tem o valor de uma indústria de trilhões de dólares nos EUA.
Uma Disputa Científica com Mais Qualidade
Em artigo para a revista Science Mag, Dana Mackenzie questiona a qualidade das pesquisas sobre espiritualidade.
Ela fala de Richard Sloan, da Columbia University e seus colegas, que revisaram todos os artigos que relacionavam religião e saúde física que puderam encontrar no Medline, um serviço online que indexa estudos médicos. Muitos deles, diz ele, se concentraram em grupos como padres católicos romanos ou monges beneditinos, que proíbem certos comportamentos de risco. Outros analisaram populações mais gerais de frequentadores de igrejas e encontraram taxas mais baixas de doenças, mas não levaram em conta que apenas pessoas com boa saúde podem ir à igreja. Quando esses fatores de confusão foram levados em conta, pelos pesquisadores originais em um estudo de acompanhamento ou pelo grupo de Sloan, os supostos benefícios geralmente desapareciam. No geral, Sloan diz, “a evidência é muito pouco convincente e fraca … Muito mais fraca, por exemplo, do que a ligação entre estado civil e saúde”.
Mas existem outros que acham positivo o questionamento.
“Ninguém realmente mostrou que a religião causa melhor saúde”, reconhece Harold Koenig, diretor do Centro de Religião / Espiritualidade e Saúde da Universidade Duke.
Em parte, ele diz, isso pode ser devido à ciência superficial, mas também porque “religiosidade” é um conceito complicado de quantificar. Mas Koenig afirma que vários estudos ainda a serem publicados controlam variáveis de confusão da maneira que Sloan recomenda e ainda mostram um efeito positivo da religião na saúde. O trabalho de Sloan, diz Koenig, é importante porque poucas pessoas contestaram o vínculo entre religião e saúde. “O campo precisa desse desafio para se tornar mais forte e melhor.”
A fé ajuda na cura apesar da ciência
Vale ressaltar que a grande discussão com os cientistas gira em torno da forma de como se quantificar o trabalho.
A tentativa é invalidar a maior parte dos casos que mostra uma relação, e aperfeiçoar o método.
Mas como não se pode separar o efeito placebo da mensuração, em termos de efetividade, a fé ainda é um grande remédio.
A tentativa é invalidar a maior parte dos casos que mostra uma relação, e aperfeiçoar o método.
Mas como não se pode separar o efeito placebo da mensuração, em termos de efetividade, a fé ainda é um grande remédio.