Porque o ovo é cancerígeno e ninguém fala sobre isto não é um assunto novo neste blog.
Já falei sobre isto, neste artigo aqui, mas vou tratar de forma mais abrangente neste texto.
Em primeiro lugar, é preciso sair da visão superficial ignorante que está confusa com diferentes pesquisas publicadas pela mídia sem análise.
Entender as variáveis que estão em questão é o segundo passo.
E para este passo, é preciso a sua capacidade de análise.
Aqui já é outro fator que seleciona poucos para entender o artigo.
E por último, livra-se das paixões e apegos que prendem e até enfurecem pessoas completamente ligadas a antigos hábitos.
Porque o ovo é cancerígeno não interessa para quem
A produção de ovos de mesa nos EUA totalizou 95,3 bilhões de dólares em 2018, um aumento de 3% em relação a 2017. Os EUA têm 328 milhões de galinhas poedeiras comerciais (janeiro de 2018), em média, cada galinha poedeira produz 289 ovos por ano.
Um mercado que possui um faturamento deste tamanho naturalmente buscará algumas formas de se defender.
Se quiser saber um pouco mais como a indústria alimentícia utiliza de meios para se defender, sugiro que assista o documentário What the Health.
Para não nos limitarmos ao mercado norte-americano, leia esta análise feita pelo jornal inglês The Guardian.
“As galinhas poedeiras industriais foram criadas para produzir mais e mais rapidamente, colocando cerca de 320 ovos ao longo de uma vida útil de cerca de 72 semanas, em comparação com uma vida produtiva de cerca de quatro anos em raças mais tradicionais que ficam em uma fração da taxa. Essa alta intensidade de produção tende a afetar seus ossos, que podem se tornar quebradiços e facilmente quebráveis; os pássaros ficam estressados – e é por isso que é necessário cortar o bico – e apáticos.”
Mas a informação acima é apenas para entendermos o cenário do qual estamos falando, este cenário tem práticas desenvolvidas e trabalhadas por décadas, e são mais de aspecto econômico, e não da dimensão de saúde que vou falar agora.
Porque o ovo é cancerígeno por evidências médicas
A primeira vez que ouvi falar sobre o aspecto cancerígeno dos ovos foi em 2013.
O Dr. Michel Greger tem um belo trabalho informativo sobre nutrição.
Ele é o fundador de uma instituição chamada Nutrition Facts.
Faz em forma de vídeos e artigos, resenhas sobre diversas pesquisas científicas.
E até sobre a manipulação das mesmas pesquisas, e a divulgação da mídia também.
Em um dos estudos, publicado na revista Atherosclerosis descobriu que comer apenas 3 ovos ou mais por semana estava associado a um aumento significativo no acúmulo de placas obstrutivas nas artérias das artérias carótidas, que vão para o cérebro, um forte preditor de derrame, ataque cardíaco e morte.
Neste mesmo ano ele já havia publicado estudos que comparavam homens que quase não comiam ovos, a homens que comiam menos de um ovo por dia e tiveram um “aumento significativo de duas vezes [no risco de] progressão do câncer de próstata”. A única coisa pior era o consumo de aves – até quatro vezes o risco de progressão entre homens de alto risco. Eles acham que podem ser os carcinógenos da carne – as aminas heterocíclicas – que, por algum motivo, se acumulam mais nos músculos de frango e peru do que em outras carnes.
Em uma abordagem específica sobre a relação ovos e câncer também parece haver uma resposta à dose de consumo, ou seja, quanto mais ovos, maior o risco de câncer. Aumentar o consumo em cinco ovos por semana pode aumentar o risco de câncer de próstata fatal em 47%, embora seja apenas para o câncer de próstata fatal. Não foi encontrada relação entre óvulos e câncer de próstata em geral; apenas ovos e as formas mortais. Não é necessariamente o colesterol, no entanto. Sim, “uma grande quantidade de colesterol [pode apoiar] o rápido crescimento e proliferação” das células cancerígenas. Mas há também a colina e a proteína animal – que podem vincular o consumo de óvulos ao risco de câncer de mama, ovário e próstata.
Outras fontes de proteína saudáveis
Em pesquisa apresentada pela BBC, as principais fontes vegetais de proteína são: quinoa, leguminosas (lentilha, feijões, grão de bico), Tofu, Sementes e Castanhas, Chia, Trigo sarraceno e Aveia.
Desta forma vocês têm diferentes opções saudáveis para não precisar do ovo.