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Contribua para menos violência

Aqui na Índia eu mato muitos pernilongos. Eles são muitos, enormes e não tem medo de ninguém. Tem horário marcado para aparecerem, no início da manhã e no final da tarde, nos outros horários permanecem,  mas em menor número.

Durante a prática de Yoga,  seus arrojados mergulhos em minhas pernas,  causam imediata reação de irritação e coceira, decorrendo então uma pequena alergia.

Depois de um período de tolerância, me tornei o maior assassino de pernilongos entre todos os estudantes daqui.

Isto até levantou uma questão sobre a prática de ahimsa, a busca de uma vida que gere nenhuma violência.

Na época de Buda, havia um famoso religioso chamado Mahavira, fundador do Jainismo, que defendia o completo compromisso com nenhum tipo de agressão,  viviam com poucas roupas e tapavam a boca para evitar ingerir algum inseto acidentalmente. Buda por diversas vezes alertou sobre este tipo de radicalismo, que acabava por gerar pessoas com atitudes por demais distantes da sociedade.

Lino Miele, nosso professor de yoga aqui, deixou claro que a decisão é pessoal, mas que não gosta de radicalismos, citando sobre o vegano que não tomava remédios necessários pois existe uma pequena porcentagem de leite na fórmula.

Ampliando a dimensão de nossos gestos, conseguimos relacionar que cada um de nossos movimentos gera consequências ao nosso redor e no mundo. Em termos mais significativos, nossa ação ou inanição, pode ser relacionada à atitudes violentas como ataques de vingança terrorista?

Se imaginarmos que todos os nossos atos têm uma característica pedagógica, como exemplos, mostrados a todos ao nosso redor, estaríamos mais atentos aos nossos gestos, ou tentaríamos promover atitudes mais educativas que pudessem se espalhar como uma contaminação positiva de não violência.

Por outro lado, me recordo do primeiro ensinamento Budista que recebi, e tratava exatamente sobre não violência. Na época o professor afirmou: nossa vida não é possível entre ratos e baratas.

Acho que no meu caso eu incluiria os pernilongos.

De qualquer forma, cada gesto nosso é um exemplo que se espalha pelo mundo.

Por Vitor Caruso Jr., em Janeiro de 2015

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