Somos seres de luz, matrizes espirituais moldadas em barro terreno.
O reconhecimento do aspecto luz nos coloca em condições de liberdade superior ao do barro.
Quando nos colocamos em aprisionamento na nossa dimensão barro, nos enrigecemos, como o barro que seca após finalizado o molde inicial.
Curiosamente, a morte, a doença e as tensões nos geram esta mesma memória de enrijecimento.
Nesta dimensão terrena, o secar do barro assimila-se ao secar da capacidade de aprender, de aceitar, de flexibilizar, de acolher.
As qualidades de aprender, de aceitar, de flexibilizar, de acolher caracterizam-se por serem de luz, de brilho, de elevação, de natureza espirituais.
Hermógenes certa vez escreveu belo texto sobre “Moscas e Abelhas”, alerta sobre o livre arbítrio e escolha que temos.
Se cultivarmos a natureza abelha, no mais sujo jardim, encontraremos flores.
Se cultivarmos a natureza mosca, no mais belo jardim, nos identificamos com o esterco.
Novamente nos apresenta a dimensão luz, e a dimensão terrena como direta opção de nossa qualidade perceptiva.
Na busca pela evolução e pela sabedoria, optamos por inveja e crítica, ou crescemos no vislumbrar de nossos próprios caminhos.
Mediante situações do cotidiano, queremos prevalecer nossa opinião, ou auxiliamos os caminhos de clareza.
Opções sempre disponíveis, mas não muitas vezes percebida.
Pára, olha, escuta, e foca no seu aspecto luminoso.
Brilha suas ações com esta liberdade, e faz a escolha da conduta nobre, do respeito, da humildade de seguir a luz, os seres de luz, os seres que trilharam o caminho à nossa frente, que experienciaram antes e mais do que nós.
E o barro? Passageiro, frágil…ao final, pó!