Algumas vezes assisti na televisão um determinado comercial da rede Globo de Televisão destacando o papel educativo que suas novelas possuíam ao tratar de temas socialmente importantes. Sob o título de emissora com responsabilidade social a mesma se colocava em posição de destaque, ao apresentar lembranças de personagens de suas novelas com problemas de alcoolismo, preconceito, dilemas éticos e outros tais como, adoção e aborto.
Quase que fui convencido por tal propaganda, apesar de nunca entender porque os personagens gritam tanto um com o outro.
Assisti ao último capítulo da novela “Passione” (confesso que foi o único que assisti completamente), ao lado de minhas filhas e esposa, justamente com o intuito educacional de discutirmos em família, se aquilo que era apresentado era justo, correto e sobretudo digno.
Assisti ao último capítulo da novela “Passione” (confesso que foi o único que assisti completamente), ao lado de minhas filhas e esposa, justamente com o intuito educacional de discutirmos em família, se aquilo que era apresentado era justo, correto e sobretudo digno.
Fiquei chocado!
Não só pela novela terminar com a vilã em um local paradisíaco, mas por outros exemplos ainda menos educativos, tais como, a alegria da bigamia, a realização dos sonhos daqueles que são fúteis, a justiça que se cega mediante provas falsas, sem contar, cenas, que a não muito tempo atrás só iam para a TV no horário da madrugada, em filmes denominados pornochanchadas.
Alguns argumentam que a novela é um retrato da realidade, e que apenas demonstra alguns acontecimentos do que ocorrem em nosso dia a dia.
Reflito sobre o papel educacional deste meio de comunicação que é uma concessão do estado para a iniciativa privada. Meio de comunicação que me obriga a explicar para minha filha porque bigamia é crime, apesar da mesma emissora não apresentar isto. Apresentar a ela, que uma fugitiva da polícia, dada como morta, não consegue sair do país sem documentos, apesar da novela não mostrar isto. Que a exploração de menores é doença e crime, e que deve ser imediatamente denunciada, mas não esperar que a vítima se torne uma bandida para se vingar de outros criminosos.
Reflito sobre o papel educacional deste meio de comunicação que é uma concessão do estado para a iniciativa privada. Meio de comunicação que me obriga a explicar para minha filha porque bigamia é crime, apesar da mesma emissora não apresentar isto. Apresentar a ela, que uma fugitiva da polícia, dada como morta, não consegue sair do país sem documentos, apesar da novela não mostrar isto. Que a exploração de menores é doença e crime, e que deve ser imediatamente denunciada, mas não esperar que a vítima se torne uma bandida para se vingar de outros criminosos.
Talvez esteja sendo exigente demais, e este processo de educação deveria iniciar antes, uma educação sobre responsabilidade social, onde todos nós saibamos que cada gesto nosso é um ato de educação, e conta, como exemplo, como lição professada, e que os meios de comunicação também tem o seu papel nisto.
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