Portanto, ao descrever um método de meditação, estamos sendo simplistas, reducionistas diante da dimensão que significa nossos processos internos. Parar o corpo, com a coluna ereta, de preferência em posição de lótus, por esta permitir maior resistência à imobilidade. Ou mesmo, parar com as pernas cruzadas, ou em qualquer posição, em que tenhamos a coluna ereta. Estas são as primeiras instruções. O parar o corpo tem como função privilegiar a observação de nossos impulsos e emoções, um compromisso de se aquietar para se perceber. Muitas vezes, colocar o foco da atenção na respiração, pode ser a instrução seguinte, isto para percebermos que a atenção pode ser controlada, que o acalmar das emoções pode ser criado. E assim segue, passo a passo a exploração do nosso verdadeiro mundo, o mundo da mente.
Mas para quê tudo isto? Porque esta necessidade de observar? Esta explicação é mais simples na teoria, e de grande dificuldade de realização: Só podemos agir livremente, se compreendermos os processos de nossa ação, só podemos pensar livremente, se compreendermos nossos processos de pensamento. Caso contrário, o agir e o pensar se tornam reações instintivas às demandas do cotidiano. Devemos meditar para podermos agir e pensar com o mínimo de consciência e liberdade.