Em um de seus belos livros, Eu Lhe Desejo Um Amigo, o monge e escritor alemão Anselm Grun fala da amizade como qualidade de alto valor, próxima ao Ágape, amor irrestrito.
Amigo é aquele que permanecemos ao lado, apreciamos a presença, muitas vezes quando não concordamos com seus comportamentos.
É claro que tem limites, pois se não, não haveria ex-amigo.
Limite também tem quando consideramos o cachorro nosso melhor amigo, embora sejam mesmo, nossos grandes amigos, como na foto onde minha filha abraça nosso amigo-cachorro Potala, um Lhasa-companheiro.
Outra qualidade do amigo é que a gente escolhe, diferente do que acontece com cunhado ou sogra, que na maioria das vezes não escolhemos, e podemos não ter sorte, ou muita sorte.
Amigo nos dá conselhos, nos aponta erros na cara e nos faz pensar se estamos certos, errados ou teimosos. Outra qualidade da amizade é que ela perdura de forma especial mediante à distância e ao tempo.
E existe também a categoria de amigo espiritual, aquele companheiro de fé, de prece, de estudo da espiritualidade. Este é um amigo de qualidade refinada, pois é professor, psicólogo, companheiro aluno e paciente, tudo ao mesmo tempo, de nossa jornada evolutiva.
Mas tem dois tipos de amigos que esquecemos com facilidade, o amigo-pai e amiga-mãe, que nos acompanham, ajudam e muitas vezes nos aguentam, e a maioria de nós esquece de vê-los como amigos.
Por Irmão Vitor Caruso Jr. em Janeiro de 2013
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| Na foto, o monge alemão Anselm Grun e Irmão Vitor, abraço entre escritores/meditantes. |